PRODUÇÃO
GENGIBRE
MULTIMÍDIA
A COMPANHIA DE TEATRO APRESENTA
PEQUENOS BURGUESES, DE RUI XAVIER
UMA TRANSPOSIÇÃO DA OBRA DE MÁXIMO GORKI
DIREÇÃO ARTÍSTICA
GUSTAVO TRESTINI
DIREÇÃO DE PRODUÇÃO
MUNIR KANAAN
Vídeo apresentação
Conversa com Gustavo Trestini (diretor) e Rui Xavier (dramaturgo).
A Gengibre Multimídia é uma produtora com vasta experiência em produções teatrais, responsável pela gestão e manutenção da recém-formada "Companhia de Teatro" - coletivo artístico em formação, dedicado à pesquisa de linguagens e ao desenvolvimento de dramaturgias originais, tendo como ponto de partida a transposição de textos clássicos que dialogam com nossos tempos e temas atuais. Saiba mais clicando aqui.
O que definimos como transposição de textos clássicos?
"Pequenos Burgueses”, de Máximo Górki, se passa no ano de 1905, mas a sua atualidade é gritante, pois quantos dos conflitos daquele tempo ainda estão presentes entre nós, não resolvidos e nem superados?
Reescrever a peça para o Brasil dos dias de hoje implica em não somente digerir, de alguma maneira, o trágico desmoronamento das utopias históricas, mas também em identificar em nosso contexto atual as questões que pedem para ser transpostas.
Dois elementos imploram por atualização quando pensamos na trama de “Pequenos Burgueses”: o gênero e as relações de gênero, e a questão dos transtornos mentais. No texto original, a depressão de Tatiana não merece muita solidariedade. Não falta, durante a trama, quem lhe diga que ela precisa simplesmente se mexer, e que interprete sua depressão como fraqueza. Em 2024, parece-nos necessário compreender a complexidade da depressão de Tatiana. Um século XX inteiro depois, nós já aprendemos que a vontade não resolve tudo. Outro elemento a ser atualizado é o das relações de gênero. A transposição de Elena de uma viúva para uma mulher transgênero, por exemplo, busca atualizar aquilo que, em uma família conservadora contemporânea, ainda poderia ser objeto de escândalo. No entanto, essa é uma mudança menos estrutural do que, por exemplo, a atualização da trajetória da pura e inocente Pólia – personagem que vai de vagamente objetificada pelo raisonneur Teteriev, e descrita "positivamente" como alguém que parece uma recém nascida, para uma moça consciente e autônoma do seu desejo e da capacidade de ação.
E por que transpor Pequenos Burgueses?
Pequenos Burgueses de Gorki é um texto que cada vez mais se impõe como necessário pelas circunstâncias históricas que nos cercam. Em 1905, quando foi encenado, o mundo encontrava-se em um momento de mudanças profundas. A sociedade russa percebia essa estagnação que prenunciava um devir incerto.
Essa inquietação e medo foi registrada magistralmente nas obras de grandes autores da época como Tchekov e Gorki. As relações cotidianas expostas nos textos refletem nesse espaço microssociológico toda a reverberação desse momento histórico.
Vivemos atualmente em um mundo paralisado pelo medo frente às mudanças climáticas, às incertezas econômicas e o avanço de um populismo que se alimenta e orienta esse medo. No vácuo das utopias destruídas o retrocesso nos avanços sociais fortalece convicções conservadoras, ao mesmo tempo em que acirra a polarização, amplificando a desagregação social.
A arena principal desses conflitos se deslocou do espaço social e político para o centro das relações interpessoais e familiares.
É neste contexto que Pequenos Burgueses se apresenta como um material profícuo para a construção de um espetáculo que possa suscitar um olhar mais abrangente sobre os mecanismos que operam os grandes temas sociais, refletidos nos conflitos familiares propostos nas situações dramáticas.
O Drama nos permite explorar as contradições. Com Pequenos Burgueses desejamos respeitar, cultivar e exacerbar essas contradições, sem as quais é difícil imaginar um futuro no qual novos arranjos políticos e sociais possam propor uma harmonia possível entre os mais diversos interesses.
Citando Bertold Brecht: “As contradições são nossa esperança”.
SINOPSE
Em algum lugar do Brasil, no fogo de 2019, uma família está mergulhada em conflito. São dois filhos adultos em casa, sem trabalhar: o mais novo é estudante de direito, mas foi suspenso ao se meter em manifestações; a mais velha, moça de uns 28 anos, está em licença médica depois de um burnout. O terceiro filho, adotado informalmente aos dez anos de idade, trabalha arriscando o pescoço como motoboy de aplicativo, quase não usufrui das comodidades da vida da família, e vive em pé de guerra com os pais.
O velho casal de comerciantes de classe média baixa simplesmente não entende um mundo que parece ter mudado demais. Sentem-se diminuídos e menosprezados pela nova realidade, e reagem com hostilidade. Convivendo com pessoas mais jovens (seus hóspedes e inquilinos) representativas dessas mudanças, sentem-se ameaçados: não compreendem a depressão da filha e veem com horror a aproximação do filho e de uma hóspede transgênero por quem ele está se apaixonando. Quando o filho adotivo resolve se casar com uma moça mais pobre (também uma “agregada” da família, meio faxineira), de repente lhes bate um desespero de assegurar que o rapaz não herde nada na sua condição de adotado. No polo oposto está o grupo de hóspedes e amigos dos filhos, que exibem todo brilho de uma juventude que acredita na vida, na mudança, na política e até no amor. Músicos amadores, sua presença enche a peça de musicalidade brasileira – e eles escolhem onde se apresentam pelos critérios do prazer e da militância.
Diante da rigidez moral do mundo dos pais – que eles conseguem impor, em alguma medida, aos dois filhos biológicos – o núcleo dos jovens serve como antítese e, para o espectador, como o farol de um otimismo alegre e teimoso - capitaneado pelo filho adotivo, Nil, ele representa a esperança no futuro, e na capacidade da ação humana em transformar o mundo. Quando finalmente a filha mais velha termina por se matar, os outros conseguem abandonar o curto-circuito do conflito: o filho estudante sai de casa para ficar com a hóspede; Nil declara sua independência – a roda da vida dá mais uma volta.
A peça, uma transposição (reescritura) de “Pequenos Burgueses”, de Máximo Gorki, é uma discussão (íntima, familiar a todos nós), com o Brasil profundo, seu atraso, seu reacionarismo, mas também sua possibilidade de superação, de invenção e resistência.
PEQUENOS_BURGUESES.pdf
Fundamentação para encenação | Gustavo Trestini - diretor
Em 2010 fui convidado pela Escola Superior de Educação e Cultura, ESEC, ligada à Universidade de Coimbra em Portugal, para dirigir a montagem de formatura do curso de teatro. No processo de definição do projeto, a crise econômica de 2008, que assolava a Europa e particularmente Portugal, se impunha como um tema inescapável. Havia por parte daqueles jovens atores o desejo de refletir esse momento.
Escolhemos então para o nosso projeto a peça “Santa Joana dos Matadouros” de Bertold Brecht. A história se desenrola em meio à crise da bolsa de 1929 em Chicago, e a correspondência histórica nos dava uma base sobre a qual podíamos aprofundar nosso entendimento sobre esses movimentos correlatos. Nos dedicamos a fazer uma abordagem contemporânea apoiada na estrutura dramatúrgica do texto, buscando revelar a partir das circunstâncias propostas por Bertold Brecht, as correlações econômicas e sociais.
Foi durante esse processo que tive o meu primeiro contato com o conceito de “realismo econômico”, cunhado pelo diretor Thomas Ostermeier. No ano de 1999, Ostermeir é nomeado diretor do icônico Teatro Schaubhüne em Berlin. Ostermeir já tinha uma carreira reconhecida a frente do Grupo La Baracke, tendo sido responsável por revelar importantes nomes da dramaturgia contemporânea europeia, como: Sarah Kane, Lars Nóren, entre outros.
Em 2002, com a montagem de “Casa de Bonecas” de Ibsen, Ostermeier mergulha nesse universo do fim do século XIX, início do século XX. A montagem se concentra nas questões econômicas do neoliberalismo, investigando, a partir do universo Ibseriano, as relações de poder em nossa sociedade contemporânea. A peça é ambientada em uma Berlin atual, onde uma Nora, vivendo o que de melhor a sociedade capitalista pode oferecer em termos de satisfação de consumo, sucesso e reconhecimento profissional, resolve abdicar de seus privilégios, que em última análise servem à manutenção de um sistema onde os valores são ditados por uma sociedade patriarcal. Ao reconfigurar essa personagem e inseri-la em um contexto atual, Ostermeier redimensiona o impacto, pode-se dizer até o escândalo produzido na época de Ibsen, devido à decisão de Nora em abandonar o que de melhor a sociedade patriarcal reservou à mulher.
O Drama permite que a cena possa ser uma lente de aumento sobre a realidade do mundo, não em uma perspectiva vasta e fluida, mas localmente, em situações microssociológicas, a partir do jogo dos atores sobre as situações dramáticas decupadas nas suas mais variadas camadas. Nesse sentido o pequeno reflete o grande, sem se focar sobre si mesmo, mas um “pequeno” que se converte em um espelho das contradições sociais.
Encontrar um paralelo entre minhas ambições no teatro e a experiência do teatro de Thomas Ostermeier me fez mergulhar no entendimento sobre a sua visão acerca do Drama europeu e o Teatro Realista. Curiosamente as informações que eu tinha sobre esse encenador aqui no Brasil não indicavam qualquer proximidade com o teatro realista. Ao contrário, eu o tinha como uma forte referência da experiência pós dramática. Aproveitei minha estada em Portugal para conhecer mais seu pensamento e obra, mas só tive a oportunidade de assistir uma encenação sua em 2013 na MIT São Paulo: “Um Inimigo do Povo”, mais um Ibsen montado com base no mesmo procedimento de “Casa de Bonecas”. A experiência foi fascinante para mim. A contemporaneidade das questões levantadas por Ibsen e ressignificadas na encenação, criaram no público um debate onde nossas inquietações naquele momento travaram um diálogo importante sobre os temas que então vivenciávamos. Depois disso, a trágica pandemia em 2020, ao menos permitiu que todo o acervo da midiateca do Schaubhüne fosse disponibilizado na internet, o que me possibilitou assistir todo esse conteúdo.
Como diretor eu já tinha buscado, de forma empírica, essa abordagem contemporânea de Dramas clássicos. “Fuente Ovejuna”, de Lope de Vega me permitiu um primeiro exercício sobre esse tema, depois “Santa Joana dos Matadores”, onde pude aprofundar alguns conceitos e começar a pesquisar o binômio ator-personagem como forma de friccionar a experiência pessoal do ator com o conflito da situação dramática. E por fim em 2017 tive a oportunidade de dirigir “O Assalto” de Zé Vicente, onde pude ir um pouco mais a fundo no exercício desse procedimento, aqui já “alimentado” pela experiência do teatro de Ostermeier.
O Teatro de Ostermeier tem me fascinado a cada montagem. A sedução desse teatro surge dessa mescla entre o passado reconhecível e o presente que se manifesta a todo o momento, onde nada é homogêneo, tudo é híbrido, refutando qualquer aparência de legado patrimonial. Somos o presente de processos históricos e dialogar com essa dramaturgia estabelecida e potente, me inspira a buscar um caminho para o meu percurso artístico.
ARQUITETURA CÊNICA
* versão completa, podendo ser adaptada conforme limites orçamentários.
FICHA TÉCNICA
Idealização - Companhia de Teatro
Produção - Gengibre Multimídia
Dramaturgia - Rui Xavier
Direção - Gustavo Trestini
Trilha sonora - Dan Maia
Cenário - Eric Lenate
Iluminação - Aline Sayuri e Eric Lenate
Figurinos e direção de arte - Marcela Donato
Direção de Produção - Eurico Malagodi e Munir Kanaan
ELENCO
A escolha do elenco tem fundamental importância para que esse processo criativo possa obter os resultados que desejamos. Por isso, essa escolha, considera a experiência e capacidade artística do intérprete em se colocar na pele dos personagens dando vida às situações propostas, mas sobretudo experimentando toda a sua complexidade. No processo de pesquisa para o desenvolvimento do projeto alguns atores e atrizes já apareciam como escolhas precisas para os personagens, em virtude de seus temperamentos e de suas experiências e capacidades artísticas. Felizmente a adesão ao projeto por parte desses artistas se deu muito rapidamente. Para alguns personagens, em particular os mais jovens, abriremos audição para que possamos fazer escolhas que estejam em sintonia com o projeto, criando assim a possibilidade de conhecermos novos artistas que possam agregar não só suas experiências artísticas como pessoais.
Carlos Francisco | Elenco
Ator e fundador do Grupo Folias, sob direção de Marco Antônio Rodrigues. Em cinema, atuou em "Marte Um" de Gabriel Martins (Melhor Ator: “Grande Prêmio do Cinema Brasileiro”, “Prêmio SESC” e BRASINTERMA), "Bacurau" de Kleber Mendonça Filho, “Estranho Caminho” de Guto Parente (Prêmio de Melhor Ator no Festival do Rio, Melhor Atuação Estrangeira no Festival de Cinema de Tribeca), "Canção ao Longe" de Clarissa Campolina (Candango de Melhor Ator no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro), “Arábia” de Affonso Uchoa e João Dumans, “Nelson Prudêncio - o Homem que Voa" de Maurílio Martins e Adirley Queiroz, dentre outros. Em teatro, além de fundar e integrar o Grupo Folias, atuou em “Happy End” de Elizabeth Hauptman, “Babilônia” de Reinaldo Maia, “Otelo” e “Orestéia”, ambos com direção de Marco Antônio Rodrigues, “O Grande Grito” de Gabriela Rabelo, com direção de Zé Renato, “Opera Café” de Mário de Andrade, com música de Fellipe Sena e direção de Sérgio Carvalho, dentre outros.
Nani de Oliveira | Elenco
Atriz fundadora do Grupo Folias, em São Paulo. Atuou no teatro nos espetáculos produzidos pelo grupo: OTELO, Medeia - 1 verbo; Oresteia - O canto do bode; Solidão; Verás que Tudo é Mentira; Pássaro da Noite, Single Singers Bar; Surabaya Johnny; Happy End, Grupo Tapa- Mandrágora, entre outros. TV e cinema: Atuou nas séries: Carandiru - Outras histórias (TV Globo), Carcereiros (TV Globo), Sintonia (Netflix), Não foi minha culpa (Star Plus); PSI (HBO); Vale dos esquecidos (HBO). No cinema atuou em Escaravelho do Diabo, Sobre Rodas; Clube das Mulheres, Maníaco do Parque, entre outras produções.
Adriano Garib | Elenco
Ator em companhias teatrais de renome, entre as quais o extinto Grupo Delta de Teatro; Armazém Companhia de Teatro; e Cia. Teatro Autônomo. Atuou também ao lado Paulo Autran (“Rei Lear”, de William Shakespeare) e Paulo José (“A Controvérsia”, de Jean-Claude Carrière). Em teatro: “Na Solidão dos Campos de Algodão”, direção de Paulo José; “Deve haver algum sentido em mim que basta”, “E agora nada é mais uma coisa só” e “Nu de mim mesmo”; “Antonio e Cleópatra”; “Vidas em Jogo”; “O Mundo dos Esquecidos”; “Sonho de Outono”; “C’est La vie; “Nada”; e “Elogio da Paixão”. Em cinema: “Meu Nome Não É Johnny”; “Tropa de Elite 2”; “Getúlio”; “Os Caras de Pau”; “Reação em Cadeia”, “Terapia da Vingança” e “O Resgate do Voo 375”. Em TV aberta: “Salve Jorge”; “Filhos da Pátria”; “Salsa & Merengue”; “Apocalipse”. Em streaming: “Magnífica 70”; “Pacto de Sangue”; “Um Contra Todos”; “Bom Dia, Verônica”; “Rota 66”.
Leona Jhovs | Elenco
Mulher transfeminista, multi-a(r)tivista, atriz, diretora, roteirista, apresentadora, performer. Cofundadora do MONART (Movimento Nacional de Artistas Trans), colaboradora no Manifesto Representatividade Trans, cofundadora da Casa Chama e atual Presidenta do Instituto cultural e artistico Luz do Faroeste. Em 2011 inicia sua carreira profissional no teatro. Atuante em cias. de Teatro como Pessoal do Faroeste, Coletivo Ópera Urbe, Satyros, Núcleo Experimental de Teatro. São 13 produções teatrais com grandes nomes nas direções, como Rogério Tarifa, Luh Maza, Ave Terrena, Zé Henrique de Paula e outres. E 13 produções no audiovisual em longas, curtas e séries. No streaming ja conta com produções na Netflix e Globoplay. São 17 prêmios nacionais e internacionais na carreira e 1 menção honrosa. Hoje atua no Musical original Brenda Lee e o Palácio das Princesas premiado como o melhor Espetáculo teatral de 2022 pelo APCA. E também premiações relevantes no Bibi Ferreira e outros.
Munir Kanaan | Elenco
Ator e produtor teatral, Munir é o idealizador dos espetáculos "Hotel Mariana" (indicado ao Prêmio Shell de Dramaturgia) e "Horror Lavanda", fundador da Gengibre Multimídia e cofundador da “Companhia de Teatro”. Sua trajetória como artista teve início em 1997, quando frequentou cursos de interpretação no SESI AE Carvalho e nas Oficinas Culturais do Estado. Sua principal formação se deu pelo Núcleo Experimental de Artes Cênicas do SESI e como residente no grupo Folias. Em teatr: atuou em 19 espetáculos, sendo agraciado com o Prêmio Jovem Talento Brasileiro em 2004, pela peça "Caos Leminski"; "Horror Lavanda", "Hotel Mariana", "Dogville" (versão teatral dirigida por Zé Henrique de Paula). Em TV: "Dois Irmãos", uma série da TV Globo com direção de Luiz Fernando Carvalho, na qual faz parte do elenco principal, “Duas Caras” e “O Profeta”, novelas da TV Globo. Em cinema: fez parte do elenco principal dos filmes: "Nome Próprio"; “O Duelo”; “Pólvora Negra”; “As Dozes Estrelas” e “400 contra 1”.
Carol Marques da Costa | Elenco
Atriz, diretora e pesquisadora, Carol teve sua principal formação no CPT – Centro de Pesquisa Teatral, dirigido por Antunes Filho. Em 2018, integrou o Núcleo de Dramaturgia - SESI-British Council, onde escreveu "Meia Luz", dramaturgia publicada pela editora SESI. No cinema, protagonizou o longa-metragem "O Porão da Rua do Grito", dirigido por Sabrina Greve, que foi exibido no Festival de Cannes. No teatro, participou de várias produções, incluindo "Não Te Pareço Vivo?" e "45 GRAUS", ambas dirigidas por Marcos de Andrade, "Flerte Sublime: obsessão espectral", dirigida por Elisa Ohtake, "Cartas para Agnès Varda" e "Brincar de Pensar: contos de Clarice Lispector para pessoas grandes ou pequenas", ambas dirigidas por Vanessa Bruno.
Eliana Guttman | Elenco
Com uma carreira de 34 anos, Eliana Guttman é formada pela Escola de Arte Dramática da ECA-USP e possui uma extensa experiência nas áreas de TV, teatro e cinema. No teatro, atuou em diversas peças, incluindo “Casa de Bonecas”, ao lado de Marília Gabriela; “Violinista no Telhado” e “Enigma Blavatsky”, sob a direção de Iacov Hillel; “Sabia”, ao lado dos irmãos Paulo e Flávio Guarnieri; entre outros. Na televisão, Eliana participou de produções em diferentes canais e plataformas, incluindo “O Negócio” e “Ninguém tá olhando” na HBO;” Unidade básica”, na Universal Pictures; “Esperança”, “Mad Maria” e “Força de um desejo”, na Rede Globo; “Luz do Sol”, “Poder Paralelo” e “Milagre de Jesus”, na Record TV; e “Rebelde” e “Carinha de Anjo”, no SBT. No cinema, destacou-se em filmes como “Olga”, “Feliz Ano Velho”, “Sabor de Paixão”, “Bellini e a Esfinge” e “Xangô de Baker Street”, de Jô Soares. Eliana possui um impressionante portfólio com mais de 200 campanhas publicitárias e, atualmente, faz parte do elenco da série infantil “Bugados” no canal Gloob.
Rodrigo Mancusi | Elenco
Ator, cantor e compositor brasileiro, graduado em atuação pela Escola Superior de Artes Célia Helena em 2016. Em 2023, integrou como ator e músico o elenco principal do espetáculo “AUTORRETRATO”, com direção de Felipe Hirsch, e atuou no filme “Família de Sorte”, dirigido por Viviani Ferreira (Ó Pai, Ó 2), que estreará nos cinemas em 2025. Em 2024, participou da 6ª temporada do reality show "Canta Comigo", transmitido pela Record e Netflix. Como cantor, passou por diversas casas de show em São Paulo, Curitiba, Florianópolis e Rio de Janeiro, apresentando seu repertório autoral, e acaba de lançar seu primeiro disco solo, “Notícias de Longe”, contemplado pelo PROAC 2023, com show de lançamento esgotado no CCSP. Atualmente, também se apresenta em palcos de casas musicais e festivais brasileiros com a banda Abacaxepa, ganhadora do Prêmio Arcanjo de Cultura 2022.
Nas últimas décadas temos visto uma grande diversificação das artes da cena nos palcos paulistanos. Felizmente os limites entre dança, teatro, música e artes plásticas tem se tornado cada vez mais permeáveis, enriquecendo artisticamente cada modalidade de expressão.
Ao mesmo tempo a crescente dificuldade econômica e as restrições orçamentárias têm redirecionado o esforço de produção para projetos mais exequíveis, limitando (no caso do teatro) o número de artistas participantes nestes projetos.
Propor a montagem de uma transposição de Pequenos Burgueses requer aceitar que essa montagem, que vai envolver na cena 12 atores, só poderá se realizar na medida em que seja possível contar com os meios de produção e principalmente com atores já exercitados e capacitados para extrair do texto dramático todas as suas potencialidades, possibilitando o pleno encontro da obra com o público.
Mas acima de tudo, o sentido maior em se produzir esse espetáculo é encontrar um público que possa se reconhecer e participar da construção de sentidos que "Pequenos Burgueses" pode propor.
Buscamos acolher o público diverso, popular, que busca no teatro um entretenimento, mas ao mesmo tempo não se furta à uma experiência mais profunda, disposto a ser atravessado pela experiência teatral, reconhecendo e compartilhando sua experiência em um diálogo livre de pré-requisitos conceituais.
A ambição dessa montagem é trazer para a cena uma história focada na vivência verossímil e reconhecível de conflitos humanos, apresentados de forma intensa, responsável e livre de maniqueísmos, onde esse público possa construir junto com os atores um sentido possível de humanidade, onde a compaixão tenha um aspecto preponderante.